Publicado em 1977 e escrito pelo polonês Jan Dobraczynski, o livro “A Sombra do Pai” apresenta a vida do glorioso São José segundo a sua própria perspectiva. A obra é ímpar por apresentar nuances da vida da Sagrada Família que não estão apresentadas na Bíblia, mas que obviamente aconteceram.
De todos os aspectos impressionantes narrados no livro, o que mais se destaca é a relação entre São José, Nossa Senhora e Jesus. A narrativa está separada em duas partes, sendo a primeira chamada de “A Esposa” e a segunda de “O Filho. Na primeira parte o narrador onisciente apresenta a vida de São José e Nossa Senhora antes do nascimento de Jesus. Essa narrativa tem como perspectiva a visão de São José sobre os fatos narrados. Já na segunda parte, a história se desdobra do nascimento de Jesus até os seus doze anos de idade, período em que ele “se perde” no templo em Jerusalém.
A obra relata cenas que possivelmente fizeram parte da vida da Sagrada Família, como as dificuldades pelas quais passaram na fuga de Belém para o Egito:
[…] De novo puseram-se a caminho. Iam de vagar, mas sem parar. Jesus continuava dormindo. José sentia seu rostinho (de Jesus) quente contra a face e as mãozinhas enlaçadas em seu pescoço. A noite chegava ao fim. Apagavam-se as estrelas. O espaço se enchia de uma bruma acinzentada e úmida. Lá atrás deles, por trás da colina despontava o dia. Mas sua claridade ainda demoraria muito a mostrar-se no barranco que desciam. […]
Outro aspecto valoroso na obra é o acervo de informações históricas que tornam o relato bíblico mais compreensível, como por exemplo informações sobre personagens históricos, cujos nomes são citados na Bíblia, mas não são esmiuçados nas Sagradas Escrituras. Um relato impressionante para elucidar essa questão são as tramas, fofocas e traições na casa de Herodes e a descrição de uma mente psicopata capaz de cometer assassinatos em massa devido ao excesso de loucura causado por desconfianças infundadas:
” _ Basta! Já chega de conversa! Eu te digo, meus irmãos não gostam de mim, embora eu os tenha feito reis. Os judeus não gostam de mim, ainda que eu me tenha feito judeu para eles. Não levo à boca nenhum pedaço de carne de porco. Eu me acomodo a seus loucos costumes. Não permiti que os moedeiros pusessem minha efígie nas moedas. Construí um templo para eles. Minha esposa era uma princesa deles. Eu sou realmente rei dos judeus. Um rei verdadeiro, como jamais tiveram um.”
Por fim cabe salientar a citação do cardeal primaz da Polônia Stefan Wyszynki ao autor no início do livro:
Querido Jan,
Em “A Sombra do Pai” trouxeste à luz o guardião de Jesus e de sua Mãe Imaculada… Ajudaste-nos a entender São José…
Queridos leitores, muitos de vocês podem não saber, mas hoje, dia 6 de fevereiro, é o Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Esse problema é clássico e advém de eras remotas. Há relatos inclusive em livros antigos, como a própria Bíblia Sagrada, que narra casos em que homens e mulheres eram forçados a se tornar eunucos por questões sociais.
“A mutilação genital feminina (MGF) é uma prática que envolve a alteração ou lesão da genitália feminina por razões não médicas e é reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos.”
Em nosso país há um outro problema que choca a todos, o feminicídio. Até quando iremos conviver com essa barbárie? Penso que há de se fazer novas leis e punições para tais casos. Há vários fatores que levam um homem a assassinar uma mulher e dentre esses eu destaco: ciúmes, uso de drogas e álcool e doenças psicológicas.
O ciúmes não é apenas um problema patológico, mas também social, uma vez que todo o pathos construído sobre a figura feminina é distorcido em filmes, novelas e no discurso do dia-a-dia. Quando um jovem começa a namorar uma garota, em geral ele já trás em si uma bagagem cultural distorcida sobre figura feminina.
Por fim, a mulher não é posse de ninguém, o homem não deve dominá-la, mas conquistar o seu respeito e se este não lhe for correspondido não se resolve o problema matando a parceira.
Quanto ao uso de entorpecentes, dos quais destaco o álcool por ser de mais fácil consumo, eles possuem um efeito que potencializa o feminicídio. Sabemos que as mulheres também sofrem por amar esses homens obsessivos, mas, às vezes, a única saída é libertar-se deles.
For those who are passionate by a minimalist written style, Raymond Carver is a great option for your next reading choice. Mr. Carver’s tales go further the daily immediate problems we deal with, once he brings more intimate manias, self expectations and mediocrity. These three themes are spread in his tales.
A good example of that is his tale “Neighbors” (spoilers ahead), in which the narrator presents a couple, Bill and Arlene Miller, who show strange behavior when they start looking after their neighbors’ house while they are on a trip. Bill begins visiting the neighbor’s house often, and puts on his wife neighbor’s bras and painties. Apart from that strange mania, Bill becomes more eager to have sex with Arlene.
Another example is the tale “They are not your husband” in which an unemployed salesperson named Earl Ober goes to her wife’s workplace, a coffee shop, and orders some snack. While she is waiting on the guests, Earl listens to two men’s commentaries on her wife:
“Look at the ass on that. I don’t believe it” The other man laughed. “I’ve seen better”
Raymon Carver in “Will you please be quiet, please?”
Earl becomes paranoid about Doreen’s (his wife) weight and decides to ask her to go on a diet. Doreen makes a great effort to lose pounds while Earls starts controlling her habits and public life.
By unveiling the real American dream, Mr. Carver excavates deeply in the soul of the common American and shows the reader some aspects of the raw reality of the post Great Depression. His direct and economic style turns the narrative more suggestive than exposed, which makes his tales more vivid and riddled. The reader ends up fulling the holes more by the suggestive scenes than the explicit text.
A good example of that is the tale “The Idea”, from which we may infer, by her inner thought, that the narrator has a repressed wish to cheat on her husband, while showing us the contrary through her hypocritical actions.
To make a long story short, it is worth reading Raymond Carver in order to find out the dark side of the moon on humans.